Uma série de medidas poderiam ter sido tomadas para amenizar o contágio e os efeitos do isolamento.

Contudo, o que acompanhamos foi:

01

Sem acesso à água e tempo de banho de sol

Sem descarga nos banheiros

Com superlotação e falta de água, internos são obrigados a deixar suas fezes na cela

O banho de sol não é garantido, o que agrava o quadro de saúde física e mental da população privada de liberdade

No Conjunto Penal de Serrinha (BA), cada cela recebe 3 baldes de água para banho

02

Interrupção da comunicação com familiares

Uma das primeiras medidas tomadas foi a interrupção da visitação

Comunicação por cartas ou videoconferência não foram implementadas de maneira uniforme e desconsideravam barreiras de exclusão digital

Impacto na saúde mental, dificuldade de acesso a ítens de alimentação e barreiras à realização de denúncias de tortura

Aumento nas demandas afetivas de adolescentes isolados de suas famílias

03

Distribuição insuficiente de kits de higiene, máscaras e álcool gel

Distribuição de kits de higiene pelo poder público abaixo do necessário

Envio de insumos pelos familiares interrompido ou interceptado

Presidente Jair Bolsonaro veta obrigatoriedade de uso de máscara em presídios

04

Falta de assistência médica

Falta de medicamentos e equipes alocadas no sistema prisional e socioeducativo

Atendimento insuficiente devido à superlotação

Negligência: por demora em atendimento médico, quantas mortes evitáveis?

05

Testagem em massa não realizada

Pessoas recém-chegadas à unidades prisionais não passaram por teste

No Rio de Janeiro, dados da Seap indicam que apenas 3% da população carcerária foi testada até novembro de 2020

Dados sobre testagem divergem de acordo com as próprias fontes oficiais

06

Medidas de desencarceramento não implementadas

Conselho Nacional de Justiça recomendou no início da pandemia medidas de desencarceramento para conter o avanço da Covid-19

De cada quatro pessoas que deveriam ter deixado a prisão no primeiro ano da pandemia em São Paulo, três foram mantidas atrás das grades por juízes

07

Violência do sistema e aumento de casos de tortura

Após um ano e três meses de pandemia, familiares relatam não reconhecer seus filhos por adoecimento mental e físico

Sem acesso à defesa e audiência de custódia presencial, casos de tortura no momento da prisão se tornaram invisíveis

Visitas virtuais não foram garantidas com privacidade, o que impediu pessoas presas de falarem sobre as violações de direitos

08

Inexistência de distanciamento social

A principal recomendação da Organização Mundial da Saúde para conter a pandemia foi o distanciamento social

A realidade da superlotação carcerária no país mostra que o distanciamento não é possível

09

Fornecimento de alimentação inadequado

Desnutrição é uma das principais causas de morte na prisão

Entrega de alimentos por familiares suspensa na pandemia

Relatos de refeições cruas e com insetos

10

Opacidade de dados e informações

Dados oficiais não condizem com a realidade relatada por familiares, ativistas e especialistas

Números destoam entre si a depender da fonte

Sociedade civil se organiza para monitorar informações e denunciar situação do cárcere

11

Dificuldade de acesso à defesa

Dificuldades no acesso à defesa

Suspensão dos prazos processuais

Restrição do atendimento nas defensorias públicas e fóruns

Incomunicabilidade nas unidades prisionais

12

Aumento de prisões ilegais

Com alegação de impossibilidade de realização de reconhecimentos presenciais, aumentam as prisões ilegais fruto de reconhecimentos fotográficos

Desrespeito à ADPF 635 e ações policiais ilegais nas favelas cariocas

13

Lentidão na vacinação

Vai e vem de pessoas privadas de liberdade do grupo prioritário da vacinação pelo governo federal

Governos estaduais não têm garantido aos presos vacinação no mesmo ritmo e calendário estabelecido para o restante da população

Clique sobre os cards
para visualiza-los.
01

Sem acesso à água e tempo de banho de sol

Sem descarga nos banheiros

Com superlotação e falta de água, internos são obrigados a deixar suas fezes na cela

O banho de sol não é garantido, o que agrava o quadro de saúde física e mental da população privada de liberdade

No Conjunto Penal de Serrinha (BA), cada cela recebe 3 baldes de água para banho

02

Interrupção da comunicação com familiares

Uma das primeiras medidas tomadas foi a interrupção da visitação

Comunicação por cartas ou videoconferência não foram implementadas de maneira uniforme e desconsideravam barreiras de exclusão digital

Impacto na saúde mental, dificuldade de acesso a ítens de alimentação e barreiras à realização de denúncias de tortura

Aumento nas demandas afetivas de adolescentes isolados de suas famílias

03

Distribuição insuficiente de kits de higiene, máscaras e álcool gel

Distribuição de kits de higiene pelo poder público abaixo do necessário

Envio de insumos pelos familiares interrompido ou interceptado

Presidente Jair Bolsonaro veta obrigatoriedade de uso de máscara em presídios

04

Falta de assistência médica

Falta de medicamentos e equipes alocadas no sistema prisional e socioeducativo

Atendimento insuficiente devido à superlotação

Negligência: por demora em atendimento médico, quantas mortes evitáveis?

05

Testagem em massa não realizada

Pessoas recém-chegadas à unidades prisionais não passaram por teste

No Rio de Janeiro, dados da Seap indicam que apenas 3% da população carcerária foi testada até novembro de 2020

Dados sobre testagem divergem de acordo com as próprias fontes oficiais

06

Medidas de desencarceramento não implementadas

Conselho Nacional de Justiça recomendou no início da pandemia medidas de desencarceramento para conter o avanço da Covid-19

De cada quatro pessoas que deveriam ter deixado a prisão no primeiro ano da pandemia em São Paulo, três foram mantidas atrás das grades por juízes

07

Violência do sistema e aumento de casos de tortura

Após um ano e três meses de pandemia, familiares relatam não reconhecer seus filhos por adoecimento mental e físico

Sem acesso à defesa e audiência de custódia presencial, casos de tortura no momento da prisão se tornaram invisíveis

Visitas virtuais não foram garantidas com privacidade, o que impediu pessoas presas de falarem sobre as violações de direitos

08

Inexistência de distanciamento social

A principal recomendação da Organização Mundial da Saúde para conter a pandemia foi o distanciamento social

A realidade da superlotação carcerária no país mostra que o distanciamento não é possível

09

Fornecimento de alimentação inadequado

Desnutrição é uma das principais causas de morte na prisão

Entrega de alimentos por familiares suspensa na pandemia

Relatos de refeições cruas e com insetos

10

Opacidade de dados e informações

Dados oficiais não condizem com a realidade relatada por familiares, ativistas e especialistas

Números destoam entre si a depender da fonte

Sociedade civil se organiza para monitorar informações e denunciar situação do cárcere

11

Dificuldade de acesso à defesa

Dificuldades no acesso à defesa

Suspensão dos prazos processuais

Restrição do atendimento nas defensorias públicas e fóruns

Incomunicabilidade nas unidades prisionais

12

Aumento de prisões ilegais

Com alegação de impossibilidade de realização de reconhecimentos presenciais, aumentam as prisões ilegais fruto de reconhecimentos fotográficos

Desrespeito à ADPF 635 e ações policiais ilegais nas favelas cariocas

13

Lentidão na vacinação

Vai e vem de pessoas privadas de liberdade do grupo prioritário da vacinação pelo governo federal

Governos estaduais não têm garantido aos presos vacinação no mesmo ritmo e calendário estabelecido para o restante da população

Uma das consequências da pandemia foi a completa falta de notícias sobre pessoas privadas de liberdade e subnotificação de casos. Como saber a dimensão da crise sanitária no sistema prisional e socioeducativo sem dados, testagem em massa e fornecimento de atendimento médico?

Diante da falta de confiança nas fontes oficiais, em parceria com Infovírus – Prisões e pandemia e ISER – Instituto de Estudos da Religião e, com base na experiência, vivência e práxis de coletivos, frentes pelo desencarceramento, relatos de familiares de pessoas presas e egressos do sistema prisional, apresentamos:

Covid nas Prisões: Pandemia e luta por justiça no Brasil
(2020 - 2021)

acessar

De Olho no Painel do DEPEN: Análise de Informações de Estado sobre a COVID-19 nas Prisões
(2020 - 2021)

acessar

Política de Morte: Registros e denúncias sobre COVID-19 no Sistema Penitenciário Brasileiro
(2020 - 2021)

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Covid nas Prisões: Pandemia e luta por justiça no Brasil
(2020 - 2021)

acessar

De Olho no Painel do DEPEN: Análise de Informações de Estado sobre a COVID-19 nas Prisões
(2020 - 2021)

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Política de Morte: Registros e denúncias sobre COVID-19 no Sistema Penitenciário Brasileiro
(2020 - 2021)

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Além da atuação desastrosa do governo federal na gestão da pandemia, o Judiciário fechou os olhos para a situação calamitosa do sistema prisional e socioeducativo a partir de uma política genocida, racista e punitiva, resultando em incontáveis mortes que poderiam ter sido evitadas.

Se o Judiciário tivesse
cumprido a recomendação
de desencarceramento,
quantas mortes teriam
sido evitadas?

Os boletins informativos ao lado traçam um panorama sobre a relação entre pandemia, prisões e suas especificidades nos quatro estados brasileiros em que há atuação da Rede Justiça Criminal: Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Através de reportagens investigativas com dados de cada estado, textos editoriais elaborados pelas organizações membro e textos e entrevistas com autores e organizações convidadas, os boletins pretendem documentar realidades, fornecer parâmetros comparativos e subsidiar articulações locais de enfrentamento à barbárie no cárcere, escancarada àqueles que ousam olhar mais de perto.

Boa leitura!

04 São Paulo
Não é antes ou depois da pandemia: articulações pela garantia de direitos nas unidades de privação de liberdade de São Paulo
acessar
03 Rio de Janeiro
Dentro e fora do cárcere: a urgência de articulações em rede para conter a barbárie no Rio de Janeiro
acessar
02 Pernambuco
Pernambuco: Monitoramento e resistência às violações do Estado durante a pandemia
acessar
01 Bahia
Bahia entre lutas e abandono à morte: a realidade da Covid-19 nas prisões
acessar
Clique sobre os cards
para visualiza-los.
01 Bahia
Bahia entre lutas e abandono à morte: a realidade da Covid-19 nas prisões
02 Pernambuco
Pernambuco: Monitoramento e resistência às violações do Estado durante a pandemia
03 Rio de Janeiro
Dentro e fora do cárcere: a urgência de articulações em rede para conter a barbárie no Rio de Janeiro
04 São Paulo
Não é antes ou depois da pandemia: articulações pela garantia de direitos nas unidades de privação de liberdade de São Paulo

A Rede Justiça Criminal é uma rede de nove organizações que luta para reverter a lógica do encarceramento em massa e por um sistema de justiça que não viole direitos humanos. Com o surgimento da pandemia, passamos a priorizar ações destinadas a conter o impacto do avanço da doença nos sistemas prisional e socioeducativo.

Desde o início da pandemia, a RJC tem feito diversas ações para o enfrentamento da Covid-19 no sistema prisional e socioeducativo.